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ENTREVISTA: O FUTURO DA MOBILIDADE EM MATOSINHOS (E NA AMP)

Entrevista e Fotografias: Miguel Barbot

O José Pedro Rodrigues é o vereador da Mobilidade e Transportes da Câmara Municipal de Matosinhos. Foi eleito pelo Partido Comunista Português e este é o seu segundo mandato à frente desta pasta. Há já obra feita, mas também ainda há muitos projectos e desafios pela frente. Este é um breve resumo com os pontos altos da entrevista que lhe fizemos para o Podcast da Gazeta do Ciclista, que podes ouvir na tua plataforma preferida ou então nesta página do nosso site.

Ao longo da entrevista vamos conversar sobre os vários dossiers em aberto, incluindo a reabertura do serviço de passageiros na Linha de Leixões, a transformação das margens do Rio Leça num canal ciclável unindo as periferias ao centro de Matosinhos, os desafios da expansão da Cidade, o papel da bicicleta nas políticas de mobilidade e também, como não podia deixar de ser, o transporte rodoviário de passageiros.

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Há dois projectos que foram o tema de uma conversa que tivemos quando nos conhecemos há dois anos. Um deles é o da Linha de Leixões, outro o do Vale do Leça. Entretanto as coisas já levaram um adianto, no que respeita a Linha de Leixões.

Neste momento, quanto a este projecto, importa sublinhar alguns aspectos.

Primeiro a importância de o ter trazido de novo para a ordem do dia. A LdL é uma linha que faz sentido na lógica da mobilidade metropolitana, a experiência de reactivação em 2009, tendo sido mutilada, nunca cumpriu o objectivo e era importante desmistificar as razões para o seu fracasso nesta altura. E ao sublinhar estas razões, especificar as condições necessárias para que ao entrar de novo em funcionamento possa cumprir de facto a sua função. A sua importância ultrapassa bastante o território de Matosinhos, fazendo uma ligação muito relevante com diferentes modos de transporte, Metro, cruzando as mais relevantes artérias da rede viária principal, garantindo um importante número de ligações (na AMP).

A Linha de Leixões liga territórios muito povoados de Matosinhos, Maia, Valongo, Ermesinde, podendo na sua ligação a Campanhã, ligar ainda Rio Tinto e Gondomar. A linha termina no Porto de Leixões e cruza as plataformas logísticas intermodais, passa próximo do Aeroporto, serve importantes núcleos económicos, a zona da Lionesa, Efacec e centenas de PME. São zonas onde há dezenas de milhares de trabalhadores e há carências de transportes públicos que podem ser resolvidas com esta linha. Passa ainda perto do Polo da Asprela da Universidade do Porto e do Hospital de S. João (seguindo até Campanhã onde liga ao resto da rede dos Urbanos, incluindo as importantes linhas a sul do Douro).

Esquema da Linha e proposta do Movimento pela Linha de Leixões tendo como base o mapa do Metro do Porto.

Há uma lógica na mobilidade metropolitana que obriga a que este projecto seja considerado com empenho por parte do Governo. O projecto apareceu na AR e o ponto de situação é que foi decidido estudar-se a reactivação do serviço de passageiros. Aqui em Matosinhos estamos sintonizados, é uma matéria de consenso político. É preciso empenho e o reconhecimento de que é uma das intervenções mais relevantes na ferrovia, sendo um investimento que fará toda a diferença na mobilidade metropolitana, num contexto em que se preparam também alterações muito relevantes no transporte público rodoviário em toda a Área Metropolitana.

O investimento está feito, tanto em linhas como na segurança. Há um conjunto de pressupostos que estão garantidos, falta ter o serviço de passageiros a funcionar.

Ao longo do processo (de voltar a trazer a Linha para a ordem do dia) falámos sempre da realidade já existente, mas a verdade é que estamos no limiar de uma ‘housing crisis’ como quase toda a Europa. Esta linha cruza um território a três ou quatro quilómetros do Porto que é um ‘rurúrbio’ e uma zona de natural expansão da cidade. É possivelmente a primeira zona de crescimento do Porto.

Os territórios que a linha serve são de duas naturezas diferentes: um de grande densidade urbana entre Campanhã e S. Mamede de Infesta e depois um conjunto de zonas empresariais e industriais de grande relevo; outro que é um território que queremos valorizar e preservar enquanto património ambiental. Acompanha em parte o Leça e o seu vale e cruza quilómetros de caminhos rurais e comunidades com necessidades muito específicas que podem também beneficiar do serviço desta linha.

A expansão da cidade não é a nossa principal preocupação. Há é uma preocupação com a requalificação da cidade existente e do património ambiental.

Os próprios dados da Refer dão a resposta à tua questão, ao apontar para cerca de três milhões de utentes por ano. Estes dados aliados ao trabalho que tem sido feito por diversas entidades e grupos (incluindo da comunidade) que se tem batido pela linha dão credibilidade e dimensão cívica, mas também chamam a atenção para a necessidade de um serviço público que é evidente.

Tens uma data para isto voltar ao activo?

Eu creio que o comboio está em marcha. A AR analisou o projecto e o Governo tem sobre os seus ombros esta responsabilidade. As prioridades Europeias apontam para os corredores de mercadorias, mas este é um corredor partilhado. Vemos naturalmente com bons olhos o crescimento da actividade comercial do Porto de Leixões e que por isso haja um crescimento também do transporte de mercadorias, mas o transporte de passageiros é igualmente importante para servir comunidades que estão a crescer e que são activas.

Importa agora trazer novamente esta tema para o debate, perceber o que é que falhou e quais os passos errados e devolver a credibilidade a este projecto.

E o Vale do Leça? Para mim é a chave-mestra da mobilidade em bicicleta em Matosinhos. As rotas das “freguesias” para o Centro são sempre as mesmas e normalmente longas, para se evitarem vias rápidas e caminhos rurais, vias de pedras e subidas e descidas. No (nosso) Vale do Leça não há nenhuma queda de água de cinquenta metros. Os desníveis que existem “vão acontecendo” e conseguimos fazer o percurso entre Matosinhos até à entrada na Maia sempre de nível. O projecto apresentado (pela CMM) irá fazer com que se consiga chegar da Maia ao Centro de Matosinhos de uma forma mais rápida e quase sem desníveis, ficando a bicicleta a ser a melhor forma de uma pessoa se deslocar entre as duas zonas.

Será pelo menos, sem dúvida, a forma mais saudável. Estes quinze quilómetros serão mais uma alternativa, muito viável, com mais quilómetros mas com mais condições de segurança e sem grandes desníveis.

Disseste que é a chave, mas eu penso que há mais duas: temos que melhorar as condições de segurança (na rede principal) para que as pessoas que usam a bicicleta no dia-a-dia possam partilhar a estrada com conforto e segurança. Temos que ganhar uma cultura de cidadania e convivência entre os diferentes modos de transporte. Há também a necessidade de investir na reconversão de um conjunto de pavimentos para que se tornem mais confortáveis e na melhor organização da circulação dos automóveis e dos pesados em zonas da cidade onde a convivência é densa e exigente. A outra é a criação de sistemas de partiha que permitam a ligação de núcleos que estão hoje em dia muito distantes dentro do Município e que, a partir daí, articular a utilização da bicicleta com o transporte público e combinações de transportes que permitam às pessoas gerir melhor as suas necessidades de mobilidade quotidiana.

Sim. O Leça acaba por ser mais uma realidade própria do Concelho. Tudo o que referes representa uma realidade mais abrangente. Matosinhos está integrada numa rede de cidades (onde a partilha faria mais sentido).

É verdade, mas por exemplo, vir de S. Mamede para o Centro é um problema. São muitos quilómetros, muitas subidas e descidas, que podem ser resolvidas em parte pelo Leça, mas um sistema de bicicletas partilhadas pode vir a proporcionar uma alternativa viável.

Não consigo falar de Matosinhos sem falar do Porto, naturalmente. Como não consigo falar do Porto sem falar da Maia e por aí fora. Há uma ideia em que tenho vindo a pensar recentemente (e é contrária a outras que defendi anteriormente). No Porto andamos há muitos anos a lutar pelo pouco espaço que existe no coração da cidade e que, fundamentalmente, devia ser das pessoas e não das bicicletas ou dos carros. Esse é o chamado “last mile” e que já é bem servido de transportes públicos. Esta ideia assenta na noção de que a chave para isto tudo está na primeira periferia da Cidade, as freguesias do Porto fora do Centro Histórico e nas cidades vizinhas, as freguesias fronteira. Se criarmos condições para que as pessoas cheguem a uma estação de metro ou comboio de bicicleta, elas depois podem seguir para o centro por outros meios. Em Matosinhos temos toda uma franja colada à Circunvalação nesta condições. A minha questão é: como é que, a partir daqui, podemos ajudar a Área Metropolitana?

O que Matosinhos está a fazer em relação a esta mobilidade combinada e no âmbito dos Laboratórios para a Descarbonização, é testar um conjunto de soluções de last mile, mas neste caso a pensar num circuito inverso ao que estás a referir e em quem chega a Matosinhos. Queremos garantir que, nos próximos meses, vá para o terreno a construção de estações de partilha de bicicletas junto à Câmara, associadas à estação de metro, que permitam a ligação até ao Terminal de Cruzeiros onde trabalham centenas de pessoas e onde há uma comunidade, com algum significado, de utilizadores de bicicleta. Vamos também estender esta experiência ao CEIIA, a prazo no Mercado e tentar expandir o conceito às freguesias de maior pressão urbana. Por outro lado, penso que o conforto na circulação passa por marcar o espaço público e a rede viária de forma muito visível e dividir a ocupação nas vias principais na zona de planalto que vão directas ao coração do Porto. E aqui é preciso encontrar uma linguagem comum para a forma como a rede pode reflectir a existência das bicicletas e chama a atenção daqueles que circulam para os utilizadores mais vulneráveis. E essa linguagem comum que os municípios têm que trabalhar passa pelo estabelecimento de prioridades na rede de percursos cicláveis. Todo o projecto da Circunvalação tem esta marca e precisamos de transformar as zonas de ligação (Amial, Monte dos Burgos) em nós confortáveis para a utilização da bicicleta.

Hoje em dia temos uma situação que é insustentável. Em Matosinhos, e esta realidade não será diferente aqui à volta, 60% das necessidades de mobilidade diárias são satisfeitas com recurso ao automóvel. Há 20 anos atrás eram 20%. É um problema que só será resolvido quando dermos resposta a duas questões: uma rede de transportes públicos que acompanhe o crescimento da cidade e que seja uma alternativa viável para que as pessoas ponderem deixar o carro. Por outro lado criar condições de segurança para se pensarem outras alternativas. Em Matosinhos temos uma geografia que permite que muitas porções do território possa ser percorrido de bicicleta.

Enfim, a aposta de Matosinhos tem procurado correr atrás do prejuízo em algumas áreas. Experimentaram-se alguma soluções de marcação de percursos cicláveis, algumas resultaram melhor que outras, mas vamos, daqui para a frente, procurar multiplicar os bons exemplos e corrigir aquelas que resultaram menos bem. Há ainda problemas de fiscalização relacionados com o estacionamento abusivo.

O Centro é plano, a Senhora da Hora entra toda de nível pelo Porto dentro. E o Porto se há 20 anos, com o Centro em crise já tinha problemas graves de trânsito, agora com a retoma está impossível. E ainda por cima, toda a pressão do Turismo, faz com que todos os UBERs e os carros alugados ainda venham agravar mais a situação. E com todos estes edifícios novos, com subterrâneos enormes para estacionar carros, uma pessoa pergunta como é que eles vão conseguir chegar lá? Hoje em dia qualquer acidente consegue parar o Porto todo. Há engarrafamentos na A28 às dez da noite. São problemas muito graves que atentam contra tudo aquilo que é uma cidade do Século XXI.

Voltando a Matosinhos e a propósito da qualidade de vida, temos também que referir os transportes públicos rodoviários. É uma questão de saúde pública. É evidente que ninguém quer andar de bicicleta atrás de um autocarro daqueles que circulam por cá.

É público o esforço que Matosinhos está a fazer para programar uma alteração significativa dos serviços já a partir do início de 2019 para corrigir um problema muito sério que existe. O primeiro passo desta mudança foi a integração do Andante em toda a rede, fomos o primeiro município a fazê-lo, mas há problemas com a qualidade dos veículos, conforto e segurança e com os horários, estes, para mim, o elemento mais importante para convencer as pessoas a usar o serviço até nas deslocações mais complexas.

Temos tido problemas, mais do que os desejados e foram dadas oportunidades ao operador actual para os corrigir. Nunca pedimos o céu e a terra, são questões básicas, pequenas e de fácil resolução, mas são muitas. Não é uma aqui e ali. São problemas que surgem com muita regularidade.

Em Março de 2018 ultrapassamos a marca dos 380.000 passageiros Andante na operação privada em Matosinhos. Alargámos a rede e chamamos as pessoas, agora precisamos que essa confiança que pedimos aos passageiros seja traduzida na qualificação da operação e Matosinhos tomará as medidas necessárias para que isso aconteça. Temos uma rede de metro insuficiente e 30.000 quilómetros diários de operação privada. Precisamos agora que estes 6 milhões de quilómetros anuais sejam traduzidos numa oferta que puxe as pessoas.

Há coisas a acontecer no Concelho que são importantes e que vão com certeza mudar muito a face de parte do território. Por exemplo, a expansão da Lionesa. É uma zona de acesso complicado, relativamente perto do Porto, onde vão chegar diariamente muitas mais pessoas do que as muitas que já lá chegam todos os dias. Bem, o automóvel não é propriamente o transporte do futuro. As pessoas gostam muito dos seus carros e agora parece que os carros eléctricos e os “self-driving” parecem o milagre que vai resolver o problema. Não vai resolver problema nenhum, os carros continuam a ocupar espaço, continua a ser uma forma muito pouco eficiente das pessoas se deslocarem. Vão passar a ser um bocadinho menos poluentes, pelo menos localmente. Prevendo-se a expansão da cidade, neste caso numa zona muito concreta, o que é que Matosinhos pode fazer antecipadamente para dar todas as condições de mobilidade e qualidade vida às pessoas de cá e de fora que escolham morar no concelho?

A Lionesa está a cerca de três quilómetros da Maia e a outro tanto de S. Mamede, mas não deixa de estar colocada no Vale do Leça num território com características muito especiais e que a torna também muito atractivo. Mas as necessidades não são satisfeitas pelo facto de ter passado a contar com uma linha da STCP que passou a servir aquele núcleo há dois anos e, mais recentemente, uma ligação directa da unidade até ao Metro do Fórum da Maia. Mas as necessidades de mobilidade vão muito para além disso e poderiam ser satisfeitas pela Linha de Leixões que tem uma estação prevista para as imediações da Unicer e da Lionesa com um serviço útil para milhares de trabalhadores daqui e das “margens” da Via Norte, onde estão centenas de empresas.

Mas esta questão aplica-se tanto à Lionesa como a outros espaços que são apontados como sendo privilegiados para o crescimento económico. Toda a zona do IKEA vai crescer de uma forma muito significativa. É, aliás, aí na envolvente da A28 que se estão a desenvolver um conjunto de projectos que vão exigir uma resposta quer na adaptação da rede viária, quer na identificação de meios de transporte que possam servi-las. Temos que fazer uma reflexão e planear interfaces nessas zonas, perceber como o terreno a sul da antiga Jomar pode servir como interface que possa acomodar estacionamento para quem vem de Norte e a partir dali chegar rapidamente a qualquer ponto do Concelho utilizando os transportes públicos e mesmo até ao Porto e à Maia.

Estamos a discutir em simultâneo o plano de transportes, o PDM e outros instrumentos de planeamento e estratégia. Este é um território extremamente diverso e temos aqui sedeados equipamentos como o Aeroporto, o Porto de Leixões, a refinaria e todas as indústrias associadas, uma ferrovia de mercadorias que também queremos que seja de passageiros, somos atravessados por todas as grandes vias, com, por um lado, manchas densamente urbanizadas, e por outra, zonas a valorizar do ponto de vista do desenvolvimento económico, pulmões ambientais e todo um património natural do qual queremos aproximar as populações. Isto obriga a um rigor do planeamento, para isto se traduzir em medidas concretas.

Temos hoje muito pouco tempo para tratar de muitos assuntos importantes. Temos até ao final do ano para resolver o problema dos transportes públicos rodoviários, temos o prazo para implementar as medidas dos laboratórios para a descarbonização e as suas experiências no centro cívico de Matosinhos, temos um compromisso político muito importante que acabámos de assumir no âmbito da Aliança para a Descarbonização nos Transportes, são muitas pelas a mexer em simultâneo.

Um município como Matosinhos, ou até como o Porto, numa lógica de planeamento, tem muitos limites, porque muitas vezes as respostas têm que ser imediatas e nós sabemos que os tempos para discutir, planear, aprovar e financiar são muito longos. Passamos muitos anos a construir estradas porque eram solução para tudo e agora estamos com um paradigma diferente e há dificuldade em colocar no terreno instrumentos que são onerosos e complexos. Na América do Sul houve nos anos 80, 90, 2000, uma série de experiências recorrendo à criatividade que foram muito bem sucedidas e que tiveram origem precisamente nesta necessidade de se fazerem as omeletes sem os ovos. Já pensaste em soluções rápidas e criativas para problemas concretos que sabes que de outra forma vai demorar a ser resolvido?

Não tenho uma resposta simples. Os transportes resolvem um problema mas não são um fim em si mesmo e não podem ser vistos com vantagem se estiverem desligados de uma política de ordenamento de território. Quando, por exemplo, fechamos escolas e concentramos pessoas de muitas escolas numa só, sabemos que vão convergir para essa escola muitos mais alunos, com muitos mais pais, com muitos mais carros. Aquilo que se fala das escolas está relacionado com um tipo de pensamento durante muito tempo associado aos serviços públicos, que foram sendo encerrados em muitos locais de proximidade para serem concentrados em zonas que obrigam as pessoas a deslocarem-se mais. Quando temos uma população envelhecida, quando temos uma rede de transportes que não dá resposta às suas necessidades, estamos a atirar as pessoas para o automóvel e as cidades para bloqueios que dificultam muito a gestão do seu dia-a-dia.

A solução criativa não é nenhum segredo. Se temos estradas e vias que são uma veia central e podem proporcionar a criação de shuttles.  Por exemplo, Leça da Palmeira não foi contemplada nos planos do Metro e estamos a estudar uma ligação rápida do seu centro até à estação de metro da Senhora da Hora para que o acesso da população à rede seja mais eficaz. Temos outro problema a dar resposta na ligação da Lionesa e Unicer ao Porto, temos ainda que resolver o acesso de 20% da população aos transportes. Penso que não há nenhum grande coelho para tirar da cartola porque as regras são muito simples: precisamos de muitos mais quilómetros de operação, melhores autocarros, melhores horários e se o conseguirmos fazer adicionando linhas com uma filosofia como a que referiste, fechando estes dossiers e outros como da ligação de metro Fonte do Cuco – S. Mamede, então vamos resolver problemas pendentes há muitos anos.

Terminando como começámos, há um grande coelho a tirar da cartola que é a Linha de Leixões, que permite uma pessoa vir de Ovar até Matosinhos passando pelo Centro do Porto e por todas as linhas de Metro e dos Urbanos e por todas as autoestradas à volta do Porto. Vamos esperar que vá para a frente rapidamente.

Não é só esperar, há aqui uma importante dimensão cívica neste dossier. O serviço de passageiros na linha já existiu, já deixou de existir, depois o serviço foi reposto em condições insuficientes e foi por isso que falhou. Fica o apelo a todos aqueles que pensam que a melhoria dos transportes tem uma importância fundamental para o desenvolvimento para que não deixem de olhar para isto e que não esqueçam, para que o serviço seja reposto o mais rapidamente possível.

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Podes ouvir a entrevista completa no iTunes

Um agradecimento especial aos nossos anfitriões no Manifesto.

Alguns recursos:

Proposta do Movimento pela Linha de Leixões

Público: A Linha de Leixões na AR

Corredor Verde do Leça

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