(a parte 1 deste postal pode ser lida aqui)
Acabada a visita à zona fabril, eu e os meus colegas espanhóis e catalães passámos ao primeiro piso. Quando cheguei ao espaço dedicado ao design e I&D (sorry man, no photographs here, please), fiquei com a impressão que é a zona com mais espaço livre para a empresa crescer, apesar de, lá em baixo, ainda haver uma linha de montagem inteirinha à espera da Brompton eléctrica.
Quando nos sentámos à mesa para ouvir uma pessoa do design (espanhol, claro), começaram a chover sugestões e reclamações. É que havia dealers com mais de uma década de Brompton e esta era uma oportunidade única para falar. Foi nesta altura que chegou o Will Carley-Smith, (o terceiro Will desta história), o grande chefe do design, para explicar, entre as outras coisas, que a escolha de fornecedores está limitada pela necessidade de se fabricar à medida para a Brompton, sendo que quase nenhuma das 1200 peças é “out-of-the-box”.
“Marcas como a Shimano? Fantásticas. Estão disponíveis para fabricar à medida para a Brompton?
Sim? Então vamos a isso.
Não? As nossas desculpas, mas não vamos comprometer um design que tem vindo a fazer o seu próprio caminho.”
Conhecida a fábrica, passámos à “Board Room”, onde encontrámos o resto do grupo, incluindo o Samuel da Bike Pop, o único Português para além de mim. Ainda olhei para os acepipes em cima da mesa, mas não consegui perceber o que eram e por isso deixei-os estar onde estavam. Que dizer, estou a mentir, porque comi uma coisa com carne a pensar que não era carne. Era pequenina e não me matou, mas também não matou a fome.
Nesta altura o pessoal do marketing falou-nos dos objectivos para a marca e tivemos tempo para um debate, que acabou por ser rápido, porque a adrenalina já estava instalada. É que o ponto seguinte no programa era a pedalada em Brompton até ao restaurante onde seriam servidos Fish and Chips. Não, não é nenhum cliché. É mesmo uma obsessão, apenas mais uma. A Brompton é conhecida por adorar o prato (será que é um prato? será que uma marca come?) e por, em momentos especiais, premiar os seus trabalhadores com grandes tainadas de peixe panado com batatas fritas.
Confesso que me baldei à pedalada, não tanto porque a agenda já era demasiado apertada para ter tempo para esperar por bagagem de porão (era suposto cada dealer trazer a sua Brompton), mas porque um acidente que tive num treino há pouco tempo ainda me mantinha lesionado num sítio chato.
A saída foi ordeira e animada, comandada pelo próprio Will Butler-Adams, que ainda teve um tête-à-tête com o nosso amigo Koos, o holandês voador representante ibérico da marca, que tinha a sua Speed Machine, uma S3E-X muito personalizada e equipada com um avanço de carbono “pirata”.
O Koos tirou esta foto ao grupo, com o Will na frente a comandar as tropas.
Já sabia que ia ser assim durante os dois dias. Chegar aos sítios e ter lá o pessoal todo à espera. Apesar de termos andado sempre por sítios com metro à porta, todos ao longo da Central Line, nunca consegui ser mais rápido que a manada de Bromptons conduzida pelo próprio Will. Chegar ao restaurante e ter o último lugar vago à espera, chegar ao hotel e ser o último a fazer o check-in, chegar a outro sítio qualquer e ter que perguntar em portunhol o que se estava a passar. Na cidade, nada bate um ciclista que saiba por onde ir.
No segundo dia, a manhã foi passada num Mini-Urban Challenge que terminou na Brompton Junction em Covent Garden, loja que serve para a marca tirar o pulso ao cliente final. Claro que estando desBromptonizado, me baldei ao passeio e aproveitei para dar o saltinho do costume à B1866 para ver as novidades da Brooks, incluindo a Brompton especial do 150º aniversário da marca e também para ver o trabalho que o pessoal da Pelago fez com a Carhartt, na flagship da marca logo ali ao lado.
Parte da Brompton Junction ficou dominada pelos bólides com matriculação ibérica.
No regresso ao aeroporto vinguei-me. Esperar que uma dúzia de espanhóis e catalães, com malas, incluindo um holandês e bicicletas comprassem os bilhetes para o Tube? Nah!
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