A Ida não quer saber. Não quer saber que o Hygge dinamarquês não passe de um exagero de bloggers hipsters a tecer loas a um estilo de vida minimalista e contemplativo e nostálgicos não se sabe muito bem de quê. É que o Hygge é mesmo uma coisa que lhe assiste. Assiste-lhe a ela e assiste à generalidade dos duendes ao serviço nos diversos departamentos espalhados pelos múltiplos pisos do Grande Quartel General dos duendes da Velo Culture. E foi por isso que se gerou uma grande confusão.*
A história começa assim. Há uma semana atrás, com um olho na estação meteorológica instalada no heliporto e outro nos quadradinhos no monitor, um para cada site de referência destas coisas do tempo, a Ida não se deixou enganar pelo calorzinho que até puxava manguinha curta a determinadas horas do dia. Ela percebe disto do frio e tratou de fazer um bom stock de chá de menta e de levar um carregamento de lenha para o quarto andar do QG, onde está instalado o nosso famoso Departamento de Marketing. Aproveitou para abençoar as Klean Kanteen Insulate que tinha também trazido para cima, uma para cada uma das dinamarquesas.
Hoje, quando estava confortavelmente a editar estas fotografias debaixo de uma mantinha, com o seu chá na mão e o calor da Salamandra a alourar ainda mais os seus caracóis, deu por si a ampliar todos os pormenores da bicicleta. Pensou que a queria ver ao vivo e começou a ficar obcecada com a ideia de isso não acontecer. Foi assim que começou a crise.
Telefonou para a sub-cave e pediu ao duende de serviço na oficina o favor de lhe trazer a bicicleta para cima. Acontece que o duende também é agarrado ao seu quentinho e tinha planeado passar a tarde a sacar eixos pedaleiros ferrugentos ao calor, estando com pouca vontade de subir ao quarto andar, porque tinha que passar pelo corredor gelado do átrio. Disse que não, que já tinha levado a bicicleta para o MMM para a fotografarem e que podiam ter aproveitado para a levar para cima nessa altura.
A coisa resolveu-se, como sempre, com negociação e com a promessa de uma semana de cafés do Manifesto, cujos superpoderes garantem sete dias seguidinhos de Hygge. O duende lá calçou as botas de pele seleira forradas a pêlo de foca, fornecidas pelo incontornável Gonçalo dos sapatos daqui da porta ao lado, para ser fazer ao frio.
Agora vamos ao que interessa?
A bicicleta é francesa. Fácil de perceber, porque a marca é “France”. É a segunda que por cá passa nas últimas semanas (a primeira foi a da Rita), mas a da Rita está identificada por “La France”. Esta vai directa ao assunto, omitindo o “La”.
Chegou cá Randonneuse, com guiador de estrada, cantilevers e mudanças de desviador e pôs-se uma super-commuter 650b, com guiador urbano e mudanças e travão traseiro de cubo.
A listinha de supermercado?
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* Não gostaram das frases e parágrafos longos? Não sabemos porquê, mas isto tem dado ao pessoal ao serviço na máquina de escrever desde que os Estados Unidos fizeram a proeza de eleger uma pessoa que não diz mais do que quatro palavras por frase, como esta aqui em baixo.
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Sorry folks, no translation this time!
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