O nosso leitor mais atento lembra-se com certeza deste postal do HSN3L a dar conta de uma bicicleta que tinha chegado para um restauro.

O duende tinha razão. Uma investigação cuidada feita pelo cliente levou-o a concluir que se trata de uma Sauvage-Lejeune e, a acompanhar as fotografias do restauro entretanto feito pelo Edu, deixamos um texto que o João escreveu, que explica muito bem explicadinho do que se trata esta beleza.

“A equipa Pelforth – Sauvage – Lejeune ganhou o Tour em 1968 com modelos esteticamente idênticos mas com componentes mais actualizados.

Este quadro foi muito provavelmente construído por Bernard Carré, um construtor de quadros francês que construiu muitos quadros para ciclistas profissionais da época, como é o caso de Jacques Anquetil ou Jan Janssen (que ganhou o Tour em 1968 com a Sauvage-Lejeune). Presume-se que tenha construído a maior parte dos quadros da equipa de competição Sauvage-Lejeune bem como quadros de entrada ou topo de gama para venda ao público da mesma marca.

Tem os distintos stay caps em forma de folha de salgueiro usados por ele, cachimbos Prugnat 62 S, a típica coroa de forqueta Vagner forjada em aço e a abraçadeira de aperto do espigão de selim brazeada que Carre usava.

O quadro poderá ser um Reynolds 531 PG. A forqueta tem um steerer tube da Nervor de elevada qualidade presumindo-se que o garfo seja tabém de boa qualidade (pelo menos hi-ten)

Especificações:

  • Vagner DP fork crown
  • Pump pegs NERVEZ ref. 845
  • Pedais Lyotard 460D
  • Caixa de direção (Headset) Gourgaud
  • Selim original Pryma 75 (trocado pelo Brooks Swift)
  • Cassete nova (a aplicar)
  • Rodas novas (weinmann)
  • Avanço Pivo (crescent)
  • Pedaleira Stronglight Competition No 55 com pratos Simplex
  • Travões Mafac Dural Forge (substituídos pelos Racer por apenas ter o traseiro)
  • Manetes de travão Mafac
  • Guiador Atax Philippe Franco Italia D 352
  • Desviador frontal Huret 600
  • Desviador traseiro Huret Svelto

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