SOBRE

Em Brito Capelo, há algumas décadas. Matosinhos já foi uma pequena Amsterdão.

Amar a Cidade, com calma

A Velo Culture foi criada em Outubro de 2011 por três pessoas unidas pelo amor às bicicletas e a uma forma mais “calma” de viver a cidade. Com duas lojas na zona do Porto, somos uma referência em tudo o que respeita o ciclismo como meio de transporte e uma certa maneira, mais contemplativa, de estar no ciclismo de estrada e de viagem.

Temos uma grande preocupação com um consumo mais consciente  e os nossos clientes são pessoas que compram menos, mas compram melhor.

Seis preocupações: uma espécie de manifesto

Technocrats tell us we can’t go backward, we can’t refuse technology, because then we won’t progress. We are told that life is increasingly complex, that’s the way it is […] If this is all true, then we are doomed. Going back to a simpler life based on living by sufficiency rather than excess is not a step backward; rather, returning to a simpler way allows us to regain our dignity, puts us in touch with the land, and makes us value human contact again.

 Yvon Chouinard, fundador da Patagonia

Ler o Yvon Chouinard é sempre motivo para voltar a reflectir sobre o que estamos a fazer enquanto empresa e nas causas que estiveram na génese da Velo Culture, que são duas. A primeira é a preservação do Ambiente e o combate às alterações climáticas através da promoção de um consumo mais responsável, a segunda é a Mobilidade sustentável e a devolução das nossas cidades à pessoas.

Para fazermos a diferença nestas duas áreas, procuramos sempre vender produtos adequados à função, concebidos para durar e feitos em pequena escala, preferencialmente na Europa ou cumprindo os standards éticos europeus. 

Desde que começámos, em meados de 2011, temos procurado, de uma forma quase obsessiva, vender apenas bicicletas que garantem a melhor durabilidade para o seu nível de preço. Quem visita as nossas lojas já percebeu que nunca tentamos vender uma coisa só porque é cara, em vez daquela que vai servir melhor a sua função e acompanhar o cliente ao longo da vida.  Não, não queremos vender mais. Queremos vender cada vez melhor.

A estética mais clássica das nossas bicicletas acaba por ser quase um acaso. Aquilo que é essencial, que os anglo-saxónicos chamam de “non-nonsense”, já foi inventado há muitos anos. Nada bate a relação durabilidade-conforto-peso-preço de um bom quadro de aço equipado apenas com o necessário. É por isso que as nossas bicicletas, tirando algumas evoluções importantes, podiam todas ter sido feitas há 30 ou 40 anos atrás e todas elas são construídas para funcionarem bem daqui a 30 ou 40 anos.

Claro que já cometemos erros e chegámos a vender marcas que acabaram por, ao fim de algum tempo, revelar uma qualidade não conforme com aquilo que queremos oferecer ao ciclista do dia-a-dia. Apesar das margens simpáticas e das boas vendas, acabámos por as tirar da nossa oferta.

 

A equipa. O Lau, o Edu e o Sr. T. são os duendes que tomam conta da tua bicicleta.

Uma peça importante deste puzzle é a manutenção. Por um lado, uma máquina funcional é importante para tirar as pessoas dos carros: ninguém quer sair de casa numa bicicleta mal mantida. Por outro, uma bicicleta bem mantida vai durar muito mais tempo, porque se evita o desgaste mais acelerado do material.

É por isso que assumimos sete compromissos, que são partilhados por todos os elementos da nossas equipa:

  1. Seleccionar, permanentemente, marcas que garantem uma excelente durabilidade para o seu nível de preço;
  2. Construir bicicletas de grande qualidade, privilegiando a função e a utilização de materiais simples e duradouros. A estética soberba é só um extra que gostamos de acrescentar;
  3. Escolher marcas de acessórios que garantem longevidade pelo emprego de materiais resistentes, pela qualidade dos acabamentos e da manufactura e pela disponibilização de peças de substituição;
  4. Dar preferência a marcas que sejam produzidas em pequena ou média escala e em geografias em que o Trabalho e o Ambiente sejam respeitados;
  5. Defender o cliente em questões de garantia, assumindo a responsabilidade pelo funcionamento expectável do material quando correctamente utilizado e servindo de interlocutor com a marca;
  6. Sensibilizar, tanto na loja, como nos canais digitais, para a necessidade de se repensar as formas como consumimos e utilizamos as nossas cidades.

Todos estes compromissos são antigos e estão no nosso discurso e práticas desde sempre, mas só agora os escrevemos. Se já nos compraste uma bicicleta e tens esquecido a sua manutenção, podes trazê-la a uma das oficinas, onde aqueles rapazes na fotografia estarão à tua espera de braços abertos.