Depois da entrevista ao Álvaro (O Editorial), publicamos agora uma outra que fizémos ao Isaque, pai e mãe da Kirshner Brasil, uma das últimas marcas que apresentámos este ano.
Gostámos muito do que lemos e ficámos a gostar ainda mais da marca. Fizemos perguntas sobre a marca, motivações e inspirações e também sobre a sua experiência a pedal no Brasil. As respostas foram tão encadeadas umas nas outras, que o texto dispensa as perguntas.
Sou brasileiro, empreendedor, casado e tenho um filho de um ano e três meses. Desde pequeno pedalo, sem grandes ambições além de me desafiar, pela pura diversão. Sou inspirado por pessoas que tem foco e atenção a detalhes, que pensam diferente como Dieter Rams, meu pai e meus colegas designers. Sou fascinado por novidades.
Durante alguns anos morei no Reino Unido na região de Londres e em Nova Iorque.
Agora prefiro morar em lugares quietos aonde posso trabalhar, estudar e pedalar num meio calmo e com a beleza da natureza.
Moro atualmente na cidade de origem Alemã chamado São Bento do Sul, em Santa Catarina, localizada no alto da Serra Dona Francisca, perfeito para pedalar.
A ideia da Kirschner surgiu da frustração que tinha com os kits oferecidos no Brasil. Queria ir contra a falta de estilo e qualidade e criar uma marca que oferecesse um produto técnico com a estética que eu gostasse – um produto que combinasse qualidade, funcionalidade e design produzido com cuidado.
Nossa paixão e determinação foi a de criar uma marca que incentivasse e inspirasse as pessoas a pedalarem com uma marca que as entendesse.
Uma marca distinta e autêntica que fosse inspirada pelo ciclismo clássico e as montanhas de nossa região. Os valores da marca são orientados pela determinação de melhorarmos nossa vida e nossos produtos, companheirismo, respeito a natureza, ciclismo das lendas europeias.
O ciclismo no Brasil está em seu inicio, mas crescendo muito, principalmente o mountain bike. As estradas não são boas para o ciclismo de estrada, por isso ciclistas precisam conhecer a região e a estrada antes de se aventurar a um pedal longo. Mas na região Sul do Brasil temos muitas estradas menores que são lindas, como na região de Curitiba, Florianópolis, Joinville, Campos do Jordão, Atibaia, Gramado entre outras. Outro aspecto são os motoristas que ainda não respeitam muito os ciclistas de estrada como na Europa, por isso cuidado é importante. Isso muda quando pedalando de MTB nas estradas de terra, é mais fácil com pouco movimento e as estradas são lindas também.
Como exploramos muito das belas estradas do Brasil como a épica Serra do Rastro e a difícil Serra Dna. Francisca, o que nos falta é conhecer as lendárias montanhas do Giro e do Tour, são elas que vemos pela televisão e as antigas batalhas para conquistar as etapas como L’Alpe d’Huez, Mont Ventoux, Dolomites. Também gostaria de pedalar na Patagonia, belos lagos e montanhas são o cenário perfeito para pedalar.
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